Ao som de músicas regionais, o VIII Encontro Nacional da Memória da Justiça do Trabalho foi aberto na noite dessa segunda-feira (8), no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, em Campo Grande. O coral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul apresentou canções tradicionais do Estado e o Grupo Camalote também abrilhantou a noite com três danças folclóricas de Mato Grosso do Sul, o Siriri, a Polca de Carão e o Chupim.

Em sua fala de abertura, o Presidente do TRT/MS, Desembargador Nery Sá e Silva de Azambuja, destacou que todos os processos trabalhistas concluídos estão arquivados desde a criação do primeiro juízo, em Corumbá, em 1962. “Com a preservação dos autos findos incontáveis fontes de pesquisa e de prova documental, acreditamos que a Justiça do Trabalho tem importante contribuição a dar para a história do Brasil, resguardando a identidade da sociedade, especialmente no tocante às relações de trabalho e à justiça social”.

A Presidente do Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho (MEMOJUTRA), Tereza Asta Gemignani, fez um resgate da história da Justiça do Trabalho e de sua importância para o desenvolvimento do país e a valorização do trabalho humano. “Ao comemorar os seus dez anos de fundação o MEMOJUTRA reafirma o seu compromisso pela preservação deste expressivo acervo documental”, assegurou a Desembargadora do TRT de Campinas-SP.

A relação entre a gestão documental e o direito de acesso à informação foi o tema da conferência de abertura do VIII Encontro Nacional da Memória da Justiça do Trabalho. A Coordenadora da Política de Gestão Documental e dos Serviços de Informações ao Cidadão – SIC do Estado de São Paulo, Ieda Pimenta Bernardes, falou sobre o dever do poder público em promover a gestão da documentação governamental como condição necessária para assegurar o acesso à informação, tanto no presente, quanto no futuro. “Antes de ser testemunho para o pesquisador, o documento de arquivo é instrumento de ação para o gestor, daí a sua conexão indissolúvel com o cotidiano da administração e com seu contexto original de produção”, afirmou a especialista.

Durante a abertura, teve ainda o lançamento de uma mostra cultural, que ficará no saguão do edifício-sede do TRT/MS até o dia 19 de agosto. A exposição conta com os quadros e fotografias da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, “Cia Matte Larangeiras” e “Nos Trilhos da Memória”. O vídeo “Prédios e Monumentos Históricos de Campo Grande” e as telas “Índios” do artista plástico Pedro Guilherme também fazem parte do acervo.

Programação
Nesta terça-feira (9), o VIII Encontro Nacional da Memória da Justiça do Trabalho terá dois painéis temáticos sobre “A transparência como uma cultura de acesso à informação pública” e, em seguida, a “Preservação digital: garantia de acesso à informação”. Ainda pela manhã, haverá o lançamento do livro “Justiça do Trabalho no Curso da História de MS”. À tarde, três oficinas serão ministradas.

Amanhã (10) de manhã, haverá apresentação de boas práticas e o lançamento dos Anais do Encontro Nacional da Memória da Justiça do Trabalho. Em seguida, haverá a entrega do Prêmio MEMOJUTRA, que reconhece e divulga boas práticas de instituições, cidadãos, magistrados e servidores públicos que estejam contribuindo para a preservação da memória da Justiça do Trabalho e para a modernização e eficiência dos acervos trabalhistas.

Os Encontros Nacionais da Memória são realizados a cada dois anos e têm a finalidade de oportunizar a reflexão e o debate teórico e prático acerca de temas relevantes como políticas de gestão documental, preservação digital, memória da Justiça do Trabalho, acesso à informação, bem como oferecer oficinas de capacitação e possibilitar a troca de experiências, de forma a proporcionar a interação e a difusão do conhecimento.

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Fonte; TRT24